Festival Até o Tucupi 2024: Amazônia no Epicentro da Crise Climática
- Gustavo Fernandes
- 22 de nov. de 2024
- 3 min de leitura

Com 17 anos de trajetória, o Festival Até o Tucupi se consolidou como um dos eventos mais relevantes da cena cultural manauara, promovendo a ressignificação de espaços públicos e o protagonismo de artistas, movimentos sociais e coletivos periféricos. Este ano, o festival destaca a crise climática, posicionando a Amazônia como centro das discussões globais e amplificando as vozes das comunidades mais impactadas, como ribeirinhos, indígenas, quilombolas e moradores de periferias.
Em 2024, ao destacar a crise climática, o festival reforça a necessidade de unir cultura, política e ação comunitária para enfrentar os desafios globais e locais. Este compromisso é sustentado pelos 10 pilares fundamentais que guiam todas as atividades do festival:
1. Gratuito e Acessível
Garantir que todas as ações do festival sejam abertas ao público, rompendo barreiras financeiras e sociais para democratizar o acesso à arte e à cultura.
2. Respeito à Diversidade
Celebrar a pluralidade de identidades, incluindo as vozes de povos indígenas, comunidades periféricas, quilombolas, ribeirinhos, LGBTQIA+, entre outros.
3. Realizado por Quem Vive a Realidade
O festival é protagonizado por artistas, movimentos sociais e coletivos periféricos que vivenciam e representam as realidades locais.
4. Plataforma Política e Cultural
Promover debates e reflexões, ampliando a consciência sobre questões urgentes como justiça climática, equidade de gênero e enfrentamento ao racismo.
5. Compromisso com a Cultura Amazônica
Valorizar e difundir a rica herança cultural da Amazônia, de suas manifestações tradicionais às expressões contemporâneas.
6. Compromisso com a Amazônia e sua Diversidade
Defender a floresta, os rios e as populações amazônicas como parte essencial da luta global pela sustentabilidade e pela justiça social.
7. Cultura e Educação como Ferramentas de Transformação Social
Unir arte e educação para empoderar comunidades, formar cidadãos críticos e inspirar mudanças concretas.
8. Respeito ao Meio Ambiente
Praticar e promover ações sustentáveis em todas as etapas do festival, desde a reutilização de materiais até a escolha de espaços públicos para as atividades.
9. Enfrentamento ao Racismo
Ser um espaço ativo de luta contra o racismo estrutural, valorizando a história, a cultura e as narrativas de povos afrodescendentes.
10. Protagonismo das Mulheres
Priorizar a participação feminina em todas as áreas do festival, destacando lideranças, artistas e ativistas que contribuem para a construção de uma sociedade mais igualitária.

Foto: Alonso Junior
Cronograma do Festival
23 de novembro
Do Lixo ao Luxo: Ballroom é Sustentabilidade!
Horário: 19h - 22h
Atividade: Artes Integradas
Descrição: Performances de ballroom com figurinos sustentáveis, destacando a reutilização de resíduos sólidos e têxteis.
Local: Praça Desembargador Paulo Jacob, Centro.
29 de novembro
Marcha Até o Tucupi pelo Clima
Horário: 17h - 18h
Atividade: Encontro Amazonense
Descrição: Mobilização pública pela justiça climática e social.
Local: Anfiteatro do Parque dos Bilhares, Av. Djalma Batista.
Dabucuri Mini Ball
Horário: 19h - 21h
Atividade: Artes Integradas
Descrição: Celebração da cultura indígena e diversidade, com arte, moda e dança.
Local: Anfiteatro do Parque dos Bilhares, Av. Djalma Batista.
30 de novembro
FUÁ - Feira Livre
Horário: 10h - 21h
Atividade: Exposição de arte, cultura e gastronomia criativa.
Local: Centro Cultural Povos da Amazônia, Av. Silves, 2222.
Espetáculo "Tucumã & Buriti - As Brocadas do Tarumã-Açu"
Horário: 11h
Atividade: Artes Integradas
Descrição: Peça de teatro abordando mistérios, aventuras e conexão amazônica.
Local: Centro Cultural Povos da Amazônia.
Do Quilombo se Fez Samba Raiz
Horário: 15h - 15h30
Atividade: Artes Integradas
Descrição: Musicalidade do Quilombo Urbano Barranco de São Benedito.
Local: Centro Cultural Povos da Amazônia.
Mostra de Música
Horários e Artistas:
15h40 - 16h: Wehtiro, rito de cura indígena, conduzido por Jaime Diakara (Povo Dessana).
16h - 16h20: Balaio de Oxum, bênção dos povos de terreiro, com mãe Flor Ty Navê.
16h30 - 17h10: Milena Makuxi (RR) & Grupo Kuiá.
17h30 - 18h10: Bruxos do Norte e José Passos (VEN) – Rap Amazônico.
18h30 - 19h: Raízes Caboclas – Tradição musical amazônica.
19h20 - 19h50: Elisa Maia – Música negra da Amazônia.
20h10 - 20h40: Karen Francis – Afrobeat e R&B da Amazônia.
21h - 21h30: Márcia Siqueira – MPB com raízes amazônicas.
21h50 - 22h30: Banana Frita – Música eletrônica manauara.
Local: Centro Cultural Povos da Amazônia.
O Festival Até o Tucupi reafirma seu papel como um evento de impacto cultural e social, unindo arte e mobilização para enfrentar os desafios da crise climática. Vamos juntos defender nossa terra, cultura e gente.
Veja a programação completa e conheça mais sobre o festival em ateotucupi.org
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